Energia

Existe um mundo e não é aqui. Não estou falando de Marte, Vênus ou Plutão. Falo sobre aquele universo que tem dentro de cada um e que gera o que os espiritualistas, físicos quânticos, estudiosos ou curiosos chamam de energia. Cresci ouvindo falar disso. Minha mãe sempre usou a expressão “quando o santo não bate”… como assim “não bate”? Nunca entendi. Não imagino São Jorge dando tapas no dragão. Ele foi lá e matou! Santo Expedito preferiu pisotear o corvo.

Acredito realmente que temos um neurônio – acho que o meu seria parecido com um pinguim – que avisa: “Olha, essa pessoa é legal!” Ou “Ih, esse camarada tem uma coisa estranha, melhor não”. O tal do melhor não, melhor sim. Ações que temos por impulso, sem avaliação. Sensações de conforto, repulsa, medo, amor intenso…quantas vezes gostamos de alguém gratuitamente?

Energia no Aurélio é descrita como nuclear, atômica, ou vigor, atividade e eficácia. No dicionário de sinônimos, abordam como capacidade de trabalho, vigor físico e moral. A física quântica entende que nada é solido. E que nossos pensamentos geram a realidade que vemos, através dos nossos sentidos e das experiências vividas. Mas eu vou abordar como sendo algo que está dentro e fora de nós. Nosso pensamento gera uma reação que gera uma ação subsequente. Por exemplo: se temos um pensamento ruim, ficamos desmotivados, cabisbaixos e sem forças. Mas, se temos pensamentos bons, entramos numa vibração positiva e nossa força física e moral aumenta.

Consigo me fazer entender? Esse assunto é filosófico e estou sempre disposta a falar dele para quem quiser sentar comigo numa mesa de bar, mas, cervejas à parte, voltemos à questão.

A energia está diretamente relacionada às emoções e reações que temos quando em contato com o mundo (arrisco dizer interior e exterior). Sentimos o “clima” quando estamos numa festa ou num velório. Exemplo horrível, mas é real, não é mesmo? Quando um grupo de pessoas está muito feliz ou muito triste, a energia contamina quem se aproxima.

Quando vamos comprar algo e somos recebidos por um vendedor dentro de uma loja, e esse vendedor está num bom dia, considerando todos os quesitos e técnicas que fazem dele um bom vendedor, temos uma experiência agradável de compra. Mesmo que o produto nos atenda, mas se o vendedor estiver num péssimo dia, mal humorado e sem vontade, a probabilidade de não comprarmos aumenta.

Esse é um exemplo de como reagimos às influências externas. O tempo inteiro estamos reagindo ao contato com o outro. Uma palavra, um olhar, um emoticon!!! Bom, daí, já entra a interpretação… Pauta pra novo texto!

O fato é que, quando conseguimos nos conhecer e entender por que somos reativos a isso ou aquilo e o que nos move e motiva, fica mais fácil canalizar nossa energia para fins produtivos e felizes.

E começamos ao acordar pela manhã. Escutando uma boa música, apreciando o momento do café da manhã sem a ansiedade dos próximos 15 minutos. Viver o presente e ter plena consciência de que nossas escolhas hoje serão o resultado de amanhã já é um bom começo.

Capacitar nossa mente para não inventarmos histórias mediante informações frívolas. Nossa mente é traquina, prega peças e nos engana o tempo inteiro! Temos a estranha mania de criar um contexto em cima do “por que ele não ligou” até o momento de descobrirmos que ele-não-ligou-porque-não-considerou-importante-naquele-momento-já-que-veria- você-à-noite. Até esse ponto, já pensamos: “Ele desistiu!”. Ou “não sou mais interessante” ou ainda “Ele tem outra” ou então “ele esqueceu”… ah, criar hipóteses não é privilégio das mulheres. Isso é comum na mente dos ser humano. Há milhões de exemplos que eu poderia citar, principalmente quando “achamos” que sabemos a resposta para várias coisas que pertencem à história de outras pessoas, portanto, somente elas serão capazes de responder…

Então, que tal começarmos a não viver de suposições? Porque criamos uma saga e sofremos com aquilo que criamos e que acreditamos ser verdade.

Viver o momento presente é um bom começo. Quando sua mente começar a divagar, pare por um minuto e somente continue se for um sonho muito gostoso e que valha a pena. Se for um mar de dúvidas e suposições, vá na fonte e pergunte.

Programar nossa mente com cenários positivos e fazer de cada encontro com alguém algo agradável, repleto de gentileza e sorrisos, gera uma energia deliciosa. Pense nisso. Como você pode (re)começar seu dia amanhã?

Texto de autoria de Adriana Canton, colunista convidada.

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