Hoje, comemoramos o DIA INTERNACIONAL DA MULHER, confesso que não temos muito a comemorar passados tantos anos de luta, de norte a sul, no campo, na floresta, nas margens dos rios, nas cidades, nas escolas, no parlamento, nos lugres mais longínquos do agreste, nas áreas rurais; em cada canto do brasil e em todas as partes do mundo, mulheres fazem história.
As mulheres lutam por um lugar ao sol, de direitos para seus povos, rasgam os dispositivos jurídicos de exclusão, revolucionam a arte, criam leis. Fazem descobertas que alteram o curso da ciência, desenvolvem tecnologias que são apropriadas pelo mundo masculino, lutam por justiça, paz e liberdade.
As tantas mulheres que nos orgulham, a própria que deu nome a lei Maria da penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, que visa proteger a mulher da violência doméstica e familiar.
A lei ganhou este nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha para ver seu agressor condenado.
Esta lei serve para todas as pessoas que se identificam com o sexo feminino, heterossexuais e homossexuais. Isto quer dizer que as mulheres transexuais também estão incluídas.
Além de tantas outras guerreiras do Brasil ou não sito apenas algumas, Carolina de Jesus, Angela Davis, Hedy Lamar, enfim são muitas.
São mulheres que transformaram a sociedade, seja em conhecimento, áreas de politica e cultural.
Estas e muitas outras mulheres transformaram o curso da vida em sociedade nas mais diversas áreas da política, do conhecimento e da cultura. Mesmo que seus nomes sejam apagados das descobertas, dos acontecimentos históricos e das enciclopédias. Hoje estes inúmeros nomes me enchem de orgulho, pois elas fizeram e fazem a historia e estão sempre lutando por paz, por liberdade, pelo direito de ir e vir, com uma força impressionante denunciando homens que na covardia batem, estupram, não respeitam o #NÃOÉNÃO, se acham no direito de seduzir, se aproveitar de momentos de fraqueza.
Nós mulheres, geramos a vida, cuidamos com sabedoria, temos dupla função em casa.
Por isto este meu Post de hoje é um grito as que ainda não tiveram coragem de gritar, não tiveram oportunidade em seus locais de trabalho, e na minha profissão poucas mulheres conseguiram um lugar ao sol. Mulheres Arquitetas e suas mudanças no mundo da Arquitetura.
Em entrevista para o The New York Times em abril deste ano, a arquiteta Yen Ha revelou uma verdade incômoda. Na nossa profissão: as mulheres ainda são discriminadas no local de trabalho, enfrentando uma batalha diária pelo respeito em escritórios. Também podemos citar nas obras e em todos os lugares da construção civil.
“Estamos absolutamente diante de obstáculos. Todos os dias “, disse Ha. “Ainda é amplamente um campo branco, dominado pelos homens, e ver uma mulher no local de trabalho ou em uma grande reunião com desenvolvedores não é tão comum. Todos os dias, eu tenho que lembrar a alguém que, de fato, sou uma arquiteta. E, às vezes, não apenas uma arquiteta, mas a arquiteta”.
Zaha Hadid. Sim ela própria Hadid era bem conhecida por lamentar a falta de igualdade de gênero na arquitetura, afirmando que, apesar das campanhas contra a discriminação no local de trabalho, “ainda é um mundo de homens”.
Amale Andraos se distinguiu como arquiteta, educadora e teórica urbana. A decana da Escola de Pós-Graduação em Arquitetura, Planejamento e Preservação da Universidade de Columbia.
Alison Brooks é uma das arquitetas mais originais da Grã-Bretanha. Em 2013, recebeu o Prêmio AJ Woman Architect of the Year. Um dos juízes, Paul Monaghan, aplaudiu a escolha do painel, explicando que:
“Sua mistura de escultura, arquitetura e detalhes é o que a fez ser uma força tão poderosa na arquitetura britânica”.
Tatiana Bilbao é conhecida por conceber residências geométricas elegantes, mas o legado duradouro da arquiteta da Cidade do México pode ser as soluções criativas que propôs para habitação sustentável e acessível.
Lina Bo Bardi (1914 – 1992) é um dos nomes mais importantes na Arquitetura brasileira, de origem italiana mais conhecido por seu uso expressivo de materiais e sua exploração ao longo da vida das possibilidades sociais de design. Sua sensibilidade única foi a sua expressão mais completa em sua obra-prima de 1982, o SESC Pompeia. Uma fábrica convertida com passagens aéreas e vigias assimétricas no lugar das janelas. Não há outro prédio como esta “fábrica centro de lazer”, que vale a pena ser visitada na cidade de São Paulo.
Outra obra icônica desta de Lina é o MASP, situado na Avenida Paulista, um dos principais cartões postais da maior metrópole da América Latina com um ousado e gigantesco vão.
Maya Lin Uma grandiosa nessa lista de mulheres arquitetas. Também escultora e artista da terra, a carreira de Maya Lin foi marcada pela realização em diversos campos. No entanto, ela é mais conhecida por um projeto que ela concebeu enquanto ainda era uma estudante: o Memorial dos Veteranos do Vietnã em Washington. Um plano de dois acres, enquadrado por um muro com os nomes de todos os soldados americanos perdidos no conflito. Este monumento era considerado controverso na época devido ao seu minimalismo.
E para terminar este minha ode às mulheres arquitetas, escrevo algumas das entrevistas da minha querida Zaha Hadid:
“É um setor muito duro, dominado por homens, não só nos escritórios de arquitetura, mas também entre incorporadoras e construtores. Não se pode culpar só os homens. O problema reside na continuidade. A sociedade não está concebida para permitir às mulheres que voltem normalmente ao trabalho depois de terem tirado uma licença.”
“Sempre disseram às mulheres: ‘Você não vai conseguir’, ‘É muito complicado’, ‘Você não pode fazer isso’, ‘Nem tente, porque não vai ganhar esse concurso’. Por isso elas precisam de autoconfiança, e pessoas próximas que as ajudem a continuar.”
Força e liberdade de escolha. Ser mulher e independente. Chegamos lá.
E voce fique certa que somos fortes, e muito poderosas !
Beijo querida