A globalização, a “falta” de tempo e mudanças que migram para um estilo de vida com padrão alimentar inadequado e inatividade física, deixam claro que o Brasil passa por um período de transição epidemiológica , onde se predomina as doenças crônico-degenerativas. Essa transição faz com que os índices de desnutrição diminuam e a obesidade atinja proporções epidêmicas.
O relatório do International Obesity task Force ( IOTF) registra um aumento gradual de crianças na faixa de 5 a 17 anos, com aumento de peso. NO Brasil, essa realidade também acontece. Na pesquisa do IBGE , os dados apontam excesso de peso que varia entre 10,8 e 33,8, dependendo da região. Fatores que influenciam nesse ganho de peso estão relacionados a desmame precoce, introdução de alimentos complementares não apropriadosemprego de farinhas e fórmulas lácteas inapropriadas, distúrbios alimentares. Na faixa etária de crianças de 7 a 9 anos, esse aumento de peso está relacionados a maiores complicações cardiovasculares, metabólicas, psicológicas e ortopédicas e um grande fator de risco para obesidade na vida adulta. Uma criança acima do peso, provavelmente será um adulto que “brigará”com a balança pelo resto de sua vida.
O tratamento nutricional deve ser tratado de forma individualizada, instituído de maneira gradativa, para que a criança ou adolescente, junto com a sua família possam mudar os hábitos. Como orientações gerais, devemos diminuir os alimentos industrializados e procurar usar alimento in natura. Trocas inteligentes são: sucos prontos por sucos in natura, biscoitos industrializados por frutas ou sanduiches saudáveis, redução ao máximo de alimentos embutidos como salsichas e frios em geral, alimentos enlatados e produtos de panificação em geral.
Vamos tentar? A melhor herança que você pode deixar para o seu filho é o carinho…alimentação e saúde fazem parte desse processo. Afinal, criança não vai ao supermercado sozinha, né?
Ana Cristina