Explorando a cultura indígena!

Além de trabalharem, eles se divertem, nas aldeias, eles fazem festas, danças e jogos. Porém, estas formas de divertimento sempre possuem uma mensagem ou religiosa ou social. As lutas entre eles é um tipo de jogo, pois atualmente não há motivação para guerras entre tribos, mas infelizmente, entre os que não são índios, os produtores rurais, a guerra é sanguinária e covarde. Isto é um problema antigo e vem desde 1880, logo depois da Guerra do Paraguai. As lutas / jogos servem também para desenvolver o físico sempre muito forte deles.

A divisão de trabalhos deles, segue critérios de idade, sexo, acumulo de conhecimento e cultura.

Índios adultos, são os responsáveis pela proteção da aldeia e, se necessário, atuam nas guerras. São os homens que fabricam as ferramentas, instrumentos de caça e pesca e constroem suas casas.

Poucas são as aldeias que não tem interferência do homem branco, quase todas já sã estimuladas a participarem da nossa cultura, algumas índios costumam ir para cidades próximas para estudarem e participam de Reuniões empreendidas pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) também não há mais caças de animais selvagens e nem guerra.

A FUNAI deve promover e proteger os direitos dos índios, preservando as suas culturas, línguas e tradições, além de monitorar as suas terras para impedir ataques de madeireiros, garimpeiros e outros, evitando práticas de usurpação das riquezas que pertencem ao patrimônio indígena e que colocam em risco a preservação das comunidades. Mas infelizmente é o que mais acontece, porque são poucos os fiscais de controle.

As Mulheres adultas cuidam dos filhos, alimentando-os e se preocupando com os cuidados básicos. Devem ainda coletar os frutos, fabricar a farinha, elas atuam na agricultura da aldeia, plantam e colhem (mandioca, milho, feijão, arroz, etc).   Fabricam os artesanatos de cerâmica (vasos, potes, pratos), cestarias, esteiras, esculturas, bijuterias, bolsas e uma série de adornos além de tecerem as redes.

É muito interessante como a família é unida e participativa, as meninas são prometidas aos meninos em torno de 13, 14 anos e com eles se casam e procriam. No meio dos índios, o amor não é o principal fator para a escolha de um cônjuge. As mulheres preferem um grande caçador, um bom agricultor, um guerreiro ou um curandeiro de prestígio. Os homens, por sua vez, preferem as mulheres mais trabalhadoras, em vez das mais bonitas.

Os casais indígenas não andam de mãos dadas, nem abraçados, nem se beijam. O afeto é demonstrado de outras maneiras. No caso dos índios Krahó, por exemplo, a mulher pinta o corpo do marido de urucum e carvão, tira-lhe os piolhos do cabelo, tira-lhe os cílios e as sobrancelhas. Ao cair da tarde, o casal estende uma esteira no chão, fora de casa, e ficam sentados sobre ela, fumando ou conversando. Quando um dos dois adoece, o outro não sai de casa.

Tem índia que já nasce comprometida com seu marido. Lá na aldeia conheci uma que com nove anos, ficou noiva. No ano seguinte, se casou. E aos 13 anos, teve o primeiro de seus seis filhos. A vida precoce, que pode causar espanto em muitas pessoas, para ela é tida como normal.

Adolescente e mãe, as índios conhecem de perto a dualidade tradição x modernidade. Há jovens que não nascem prometidas ao marido. As vezes se conhecem desde a infância e, no início da adolescência, começaram a namorar, com 15 , 16 anos formalizam a união com o consentimento dos pais.

Os curumins / crianças da aldeia também possuem determinadas funções. Suas brincadeiras são destinadas ao aprendizado prático das tarefas que deverão assumir quando adultos. Um menino, por exemplo, brinca de fabricar arco e flecha e caçar pequenos animais. Já as meninas brincam de fazer comida e cuidar de crianças, usando bonecas. E eles cantam sempre, são muito festivas.

Toda aldeia tem um cacique que é o chefe político e administrativo. Experiente, ele deve manter o bom funcionamento e a estrutura da aldeia. Ele é o responsável em aplicar as regras da tribo, definir punições, resolver conflitos, definir guerra e organizar a caça, quando há.

E quanto ao pajé, ele possui grandes conhecimentos, é uma espécie de sacerdote, dos rituais, cultura e religião. Conhece muito bem o poder das ervas medicinas e atua como uma espécie de “médico” e “curandeiro” da aldeia. Mantém as tradições e repassa aos mais novos seus conhecimentos. Os rituais religiosos também são organizados pelo pajé.

Tem também as parteiras que são as mulheres mais velhas. Atualmente com a acessibilidade as tribos tem índios que estudam, alguns são professores, outros enfermeiros e isto sociabiliza muito. Além de participarem de encontros com outras tribos.

Uma cultura que não deve se perder, um legado que está quase se extinguindo por esse Brasil afora e que por persistência de alguns índios ainda não se perde alguns se dedicam a difundir a arte tradicional das suas regiões. Todo artesanato que eles fazem são dedicados à manutenção e sobrevivência das suas famílias dentro das tribos.

Em Manaus, a Galeria Amazônica, pratica um comercio justo onde não há exploração das pessoas que produzem as peças, somente visam a sustentabilidade, e são provenientes da Comunidade Waimiri – Atoari e de outras etnias.

Sempre com foco na preservação dos povos da floresta uma iniciativa que surgiu da busca por alternativas econômicas sustentáveis que incentivem e valorizem as comunidades, a produção de bem-estar, além da conservação e valorização da biodiversidade e das práticas tradicionais dos povos da Amazônia.

As comunidades indígenas estão sendo cada dia mais ameaçadas pela exploração ilegal, pelo extrativismo predatório.

Há muitos indígenas que não sabem nem falar o português, não têm noção da formação de preço e chegam à cidade vendendo seus produtos por valores baixos ou simplesmente os trocam por algum objeto do seu interesse. E assim se tornam vítimas de atravessadores, que se apossam daqueles produtos por bagatelas e os vendem a preços altíssimos.

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